- Vó, as suas veias são
salientes.
- É mesmo. Tem mais na perna
direita.
- Direita? Não, vó. Tem mais
na esquerda.
Ela sorriu e lembrou da
infância:
- Quando a gente era “menino
pequeno”, se juntava na cama de mãe e íamos rezar e fazer o sinal da cruz. A
gente só lembrava o que era esquerda e direita quando fazia o sinal da cruz.
- Eram quantos irmãos, vó?
- 12. Todo mundo do mesmo
tamanho (risos). Um de um ano, outro do outro ano... Quando morria alguém, todo
mundo corria para a cama da minha mãe, com medo.
E fez um semblante sereno,
como quem relembra a infância, os irmãos, as dificuldades, as alegrias.
- Agora, somos seis.
Engraçado como às vezes nós
nem nos damos conta de que nossos avós foram crianças. É estranho imaginar
minha avó criança, rodeada de irmãos, correndo, brincando e chorando nos braços
da mãe.
O tempo passa. Tudo passa.
Até as dores passam.
Mas o amor fica. As
lembranças de quem a gente gosta são eternas.
Para
Tio Bento (um dos 12).
AI QUE LINDO.REALMENTE ME EMOCIONEI.LINDO MESMO.FIQUEI IMAGINANDO A CENA,ANITINHA PASSANDO O GEL,E ATÉ CONSEGUI IMAGINAR TODOS OS IRMÃOS AO REDOR DA CAMA,COM MADRINHA SEVERINA,COMO MÃEZINHA A CHAMA ATÉ HOJE. PARABÉNS CAMILA,VC CONSEGUIU RETRATAR MUITO BEM A CENA.
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